RAIMUNDO LULLIO
Raimundo Lúlio, em catalão Ramon Llull (Palma de Maiorca, 1232/1233 — 29 de Junho de 1315/1316; também conhecido como Raimundo Lulio em espanhol, como Raimundus ou Raymundus Lullus por autores estrangeiros e como Raymond Lully pelos anglo-saxões) foi o mais importante escritor, filósofo, poeta, missionário e teólogo da língua catalã. Foi um prolífico autor também em árabe e latim, bem como em Langue d'Oc (occitano). É beato da Igreja Católica.
Nasceu em Palma de Maiorca, pouco tempo após a conquista de Maiorca pelo rei D. Jaime I de Aragão. Dedicou-se ao apostolado entre os muçulmanos. De acordo com Umberto Eco, o lugar do nascimento foi determinante para Llull, pois Maiorca era uma encruzilhada, ná época, das três culturas: cristã, islâmica e judia, até o ponto de que a maior parte de suas 280 obras conhecidas terem sido escritas inicialmente em árabe e catalão.[1]
Além de ser o primeiro autor que utilizou uma língua neolatina para expressar conhecimentos filosóficos, científicos e técnicos e de se destacar por uma aguda percepção que o permitiu antecipar muitos conceitos e descobrimentos, foi o criador do catalão literário, com um elevado domínio da língua e seu primeiro novelista.
Mas Lúlio seguiu uma outra vertente. Em seu diálogo interreligioso, motivado pela tentativa missionária de conversão do "infiel", preferia partir do que chamava de "razões necessárias". É o que desenvolve, por exemplo, em O Livro do Gentio e dos Três Sábios (1274-1276).
Futuramente, criará uma forma de argumentação baseada na automatização do pensamento, na chamada Grande Arte, utilizando um procedimento baseado na Zairja.
Conhecido em seu tempo pelos apelidos de Arabicus Christianus (árabe cristiano), Doctor Inspiratus (Doutor Inspirado) ou Doctor Illuminatus (Doutor Iluminado), Llull é uma das figuras mais fascinantes e avançadas dos campos espiritual, teológico e literário da Idade Média. Em alguns de seus trabalhos propôs métodos de escolha, que foram redescobertos séculos mais tarde por Condorcet (século XVIII).
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Nosso comentário:
Atribuem a Raimundo de Lullio a criação de uma série de mecanismos com discos fixos e móveis que "produziam" textos combinando letras, figuras geométricas e astros, como é hoje possível fazer com o uso de programas computacionais.
Existe uma obra vastíssima sobre Raimundo Lullio, inclusive por Giordano Bruno que sofreu perseguições por tentar difundir suas teorias. Mas não temos referências específicas, exemplos de resultados de suas pesquisas e muito menos imagens dos tais "discos fixos" que estariam na origem da pretendida escritura por máquinas, os "textos estocásticos" de que nos fala o mestre Max Bense em tempos mais contemporâneos [ ver: TEXTOS ESTOCÁSTICOS...
Quem tiver conhecimento de tais informações, favor enviar-nos: poesiaiberoamerica@hotmail.com]. Antonio Miranda
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